Depois de iniciar o dia com boas altas, os futuros da soja perderam um pouco do fôlego e passou a operar com estabilidade na Bolsa de Chicago no início da tarde desta sexta-feira (14). Por volta de 12h20 (horário de Brasília), as cotações da oleaginosa perdiam de 5,25 a 9,75 pontos nos contratos mais negociados, levando o agosto a US$ 14,75 e o novembro - referência para a safra americana - a US$ 13,70 por bushel.
"O mercado inicia (o pregão diurno) volátil e recua à espera de mais dados consolidados de clima americano", explica a Pátria Agronegócios.
Além do grão, os futuros dos derivados também estão perdendo força, com baixas de mais de 1% do óleo, ajudando na leve pressão sentida pela soja. O mercado realiza lucros e devolve parte das altas fortes que registrou nesta semana, algo que também se deu no grão.
Mais do que isso, no caso do óleo, pesam também as questões ligadas ao futuro do acordo do Mar Negro, bastante ameaçado neste momento prestes à sua data de vencimento, dia 17 de julho. O corredor, além dos grãos, é ponto importante de escoamento também para produtos como óleo de girassol e os traders estão também atentos a isso.
Na noite de ontem, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que não deve concordar com a renovação do acordo, uma vez que as demandas russas não têm sido atendido. A ONU (Organização das Nações Unidas) e a Comissaão Europeia têm corrido pra tentar a manutenção do acordo, e a Turquia segue como principal articuladora destas discussões.
"Até que uma decisão seja realmente consolidade, devemos ver muita volatilidade sobre os preços", afirma o time da Agrinvest Commodities.
Apesar destas leves correções, o mercado não desvia suas atenções sobre as previsões para o clima no Corn Belt. "As previsões seguem apontando chuvas abaixo da normalidade, indicando, para os próximos 10 dias, leves acumulados para Michigan, Ohio, Indiana, grande parte de Illinois, Missouri, sul do Nebraska, norte e leste do Kansas, volumes leves a moderados no Kentucky e pontual no noroeste do Missouri", de acordo com a apuração do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Os últimos mapas do NOAA com probabilidades de chuvas e temperaturas para os EUA no período de 8 a 14 dias apontam para mais dias quentes e de precipitações abaixo da média.
Fonte: Notícias Agrícolas