Fazer da agricultura uma prática para recuperar a saúde do solo, aumentar a biodiversidade, melhorar a qualidade da água e reduzir a dependência por insumos externos. É com essa abordagem que será realizado, nos dias 19 e 20 de julho, o . Cerca de 800 participantes são esperados no evento, que terá como sede os municípios de Chapecó e Faxinal dos Guedes, no Oeste de Santa Catarina. As inscrições estão abertas .
O objetivo do encontro é contribuir para a construção de uma proposta que alie a segurança alimentar com a Agricultura de Baixo Carbono e Conservacionista. O evento também vai tratar sobre a inserção de agricultores nesse mercado, promovendo a troca de conhecimentos, a criação de uma rede em torno do tema e o fortalecimento de parcerias.
A terá palestras e casos de sucesso, além de um dia de campo na . Pertencente à família Aléssio, no município de Faxinal dos Guedes, essa propriedade adota boas práticas de manejo na produção de grãos e é referência em agricultura regenerativa.
“O encontro é uma oportunidade para capacitar produtores, técnicos, pesquisadores, estudantes e lideranças para melhorar os sistemas produtivos através da recuperação do solo e das boas práticas agropecuárias”, destaca Juliane Knapik Justen, coordenadora do programa Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental da Epagri.
O que é agricultura regenerativa
A agricultura regenerativa é uma abordagem inovadora que busca não apenas sustentar, mas também melhorar os ecossistemas agrícolas. As boas práticas agropecuárias contribuem para aumentar a resiliência desses sistemas, tornando-os menos suscetíveis a doenças, pragas e condições climáticas adversas. Ao mesmo tempo, promovem a biodiversidade, oferecendo habitats para diferentes espécies de vegetais e animais.
A conservação do solo, com a adoção de práticas como o plantio direto, é uma das principais características da agricultura regenerativa
Uma das principais características da agricultura regenerativa é o foco na saúde do solo: ela busca promover a fertilidade com a adoção de práticas como cobertura do solo, rotação de culturas, plantio direto e compostagem. “Essas práticas ajudam a melhorar a estrutura do solo, aumentar a capacidade de retenção de água, reduzir a erosão e promover a atividade de organismos benéficos, como minhocas e microrganismos”, acrescenta Juliane.
A proposta também busca tornar a pecuária mais sustentável, estimulando práticas como o pastejo rotacionado, em que os animais são movidos de uma área para outra, permitindo a recuperação do solo e evitando a superexploração de determinadas áreas.
Mudanças climáticas
Por ajudar a capturar e armazenar carbono no solo, reduzindo a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, a agricultura regenerativa tem papel importante na mitigação e na adaptação às mudanças climáticas. “Ao abraçar a agricultura regenerativa, estamos optando por um modelo de produção agrícola que promove a sustentabilidade ambiental, a saúde humana e a resiliência dos sistemas agrícolas. É uma abordagem que reconhece a interconexão entre todos os elementos de um ecossistema e busca trabalhar em harmonia com a natureza”, destaca Juliane.
Inscrições abertas
As inscrições para o I Encontro Catarinense de Agricultura Regenerativa podem ser feitas diretamente no site do evento: . A inscrição inclui acesso às palestras e ao dia de campo, material do evento e refeições, com valor de primeiro lote de R$120 por pessoa. Para estudantes, há desconto de 50%.
O evento é organizado pela Epagri em parceria com a Prefeitura de Chapecó, a Fazenda Banhado Verde e Secretaria de Estado da Agricultura, a AEAGRO e a AEAGRI, com apoio de uma série de instituições.
SERVIÇO
O quê: I Encontro Catarinense de Agricultura Regenerativa
Quando: 19 e 20 de julho
Onde: Chapecó, SC
Inscrições e programação:
Fonte: Notícias Agrícolas