Comercialização do milho avança por necessidade no Mato Grosso, mas preços seguem caindo

O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando atualizações sobre a safra de milho 2023. O levantamento destaca que apenas 53,47% do total esperado de produção para o ciclo 22/23 foi negociado até o momento. 

Este índice é 8,87 pontos percentuais a frente do último reporte divulgado em junho/23, porém está 10,10 pontos percentuais atrás do que era registrado neste mesmo período da safra anterior. 

“Esse incremento foi pautado pela necessidade dos produtores em liberar espaço nos armazéns do estado, uma vez que a colheita está avançando e a comercialização do cereal está atrasada em relação ao mesmo período da safra”, explica. 

Como consequência, o preço médio do milho no Mato Grosso recuou 2,40% ante ao mês passado e ficou cotado à R$ 36,05 a saca.  

Já a safra 23/24 teve avanço de 0,96 pontos percentuais na comercialização de fechou em 4,67% do total, um atraso de 6,12 pontos percentuais com relação a safra passada. 

“Essa retração se deve à desvalorização nos preços do milho, o que refletiu em incertezas dos produtores em relação à safra futura”. 

Valor Bruto de Produção 

O VBP do milho, que corresponde à 19,11% do total do estado do Mato Grosso, teve queda significativa de 12,79% em comparação à última estimativa, passando de R$ 44,15 bilhões para R$ 38,51 bilhões. 

“Essa retração foi puxada pela desvalorização do preço do milho em Mato Grosso em função da projeção de maior oferta da cultura no estado para a safra 22/23 ante a temporada 21/22. Por fim, é importante ressaltar que ainda faltam 23,33 milhões de toneladas da produção da safra 22/23 para ser negociada e com a constante desvalorização nos preços do cereal, as projeções de faturamento podem ficar menores”, pontua o Imea. 

Colheita 

Ao mesmo tempo a colheita da safra de milho mato-grossense segue avançando e já chega em 49,45% do total semeado. 

Este índice é inferior aos 74,41% do mesmo período da safra passada e aos 59,41% da média das últimas cinco temporadas. 

Guilherme Dorigatti Notícias Agrícolas

Fonte: Notícias Agrícolas